quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O papel da internet na eleição de Obama.


A internet pode não ter dado a maioria dos votos para Obama, mas ela foi o grande diferencial que permitiu que a campanha do democrata conseguisse decolar, no ano passado quando ele ainda era considerado um azarão na corrida eleitoral.

A sua estratégia comunitária começou a se delinear em outubro de 2007 no momento em que grupos de ativistas jovens começaram a usar sites como Meet Up e Move On para arrecadar pequenas contribuições em dinheiro contrariando a velha regra de que as possibilidades eleitorais de um candidato são medidas pela quantidade doada por pessoas de grande poder aquisitivo.

Em janeiro de 2008, num momento crítico para a definição das chances de Obama, os caciques do partido Democrata tiveram que curvar-se diante do fato de que o então pré-candidato conseguiu arrecadar 28 milhões de dólares só em contribuições feitas pela internet, superando em quase 1/3 o total coletado pela senadora Hillary Clinton, sua principal concorrente.
90% dos 250 mil doadores online de Barack Obama mandaram menos de 100 dólares para a campanha. Cem mil mandaram menos de 10 dólares, indicando como o trabalho de base passou a ser importante como alternativa à política tradicional de cortejar as grandes fortunas e os grandes formadores de opinião.

O esforço coletivo, gerou a chamada Onda Obama na Web criando um ambiente onde o candidato pode resgatar aquilo que ele aprendeu no trabalho comunitário desenvolvido nos bairros pobres de Chicago, no anos 80 e que lhe valeram a eleição para o senado norte-americano.


Essa eleição pode se resumir em dois ditados: de grão em grão a galinha enche o papo, e a união faz a força.

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